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Ah, mas que dia mais romântico esse Dia dos Namorados, não? Para entrar nesse clima, nada melhor que ler um textinho e mandar para o mozão (ou para o crush). Pensando nisso, o Degradê escolheu 5 de nossos textos para você dar aquela implementada no seu Dia dos Namorados, seja mandando pro crush, seja só lembrando de quem você tanto amo. Bora conferir?

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Apaixonada


"Palavras não são o suficiente para dizer o que sinto por você ou descrever o que sinto toda manhã ao abrir meus olhos. Não achava que estaria aqui, tentando escrever palavras pra te emocionar; não imaginei que fosse sentir tudo o que sinto hoje. Nunca sequer cheguei a pensar que gostaria tanto assim de você. Pouco mais de um ano atrás, você era apenas o garoto que eu procurava porque me fazia sorrir, me fazia bem. Agora, você não deixou de ser o cara que me faz bem, mas passou a ser também a minha maior necessidade."

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Simples Assim


"Cozinhou para mim, me ganhou.
Simples assim.
Não é por causa da comida, não é por ter um homem me servindo. Eu me apaixono pelo seu olhar atento quando pergunta do que eu gosto e de como gosto – e do seu sorriso tímido quando digo que como do jeito que você fizer e você olha todos os seus ingredientes, se perguntando qual deles vai me agradar. Mesmo quando digo que quero do seu jeito, você ainda sim tenta me aprazer."

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É Sempre Amor


"-Você acredita que um amor possa acabar de uma hora para outra? – ela perguntou, ainda sem conseguir olhá-lo nos olhos. A garota fitava as próprias mãos, sua mente enchendo-se de lembranças, todas tristes e amargas, todas as que a levaram à separação daquele que tanto amava."

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A Tal da Friendzone


"Você é meu melhor amigo. Basta ver meu sorriso quando uma mensagem sua – ou você, em carne – chega, para saber que é real. Mas a verdade é que eu camuflei meu amor por todo esse tempo, porque dizer as palavras presas no meu peito era mais difícil do que esconder o que eu sentia. É mais fácil te colocar na tal da friendzone – te abraçar e me viciar no seu perfume, sem medo do dia em que meu conto de fadas acabará e levará meu coração."

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Fogo


"Pega minha mão e me puxa para perto; me pega no colo, me coloca nos seus ombros, me leva de cavalinho; me abraça, me segura, qualquer coisa, só não me deixe ir."

>> Leia o texto completo aqui

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Divirta-se com os textos, marca o mozão. Tenha um ótimo Dia dos Namorados.



Ah, o Dia dos Namorados está logo ali, batendo na porta. Já sabe o que vai fazer com o mozão nesse dia? Jantar a luz de velas em casa, maratona no Netflix? Pedido em casamento? Não há dia mais romântico que esse, não é? Mas também tem aquela dúvida: compro presente ou não? E se eu for comprar, o que eu dou? É aqui que o Degradê entra! Se o seu mozão curte ler um bom livro, confere aqui dicas de qual livro presentear!

O Pequeno Príncipe
por Antoine de Saint-Exupéry

Saraiva | Cultura | Amazon | Skoob

Na minha humilde opinião, ainda não foi escrito um livro tão completo e complexo quanto O Pequeno Príncipe. Na simplicidade da sua trama, contada como uma história para crianças, o livro fala sobre diversos assuntos: amor, amizade, crescimento, medo. Tudo isso em uma narrativa fácil e gostosa de ler e com ilustrações muito amorzinho. Sou suspeita, mas defenderei O Pequeno Príncipe eternamente como um livro que todos devem ler. E não apenas uma vez: diversas vezes. É o tipo de livro que cada vez que você lê, você interpreta diferente, pois você entende os personagens de maneira diferente. Presentão, hein?


Faça Amor, Não Faça Jogo
por Ique Carvalho


Ique começou como um blogueiro. Escrevia pequenos textos, em sua maioria com temas de relacionamento amorosos. Os textos, curtos, fizeram tanto sucesso que a (maravilhosa) Gutenberg o convidou a publicar um livro. Esse livro é o "Faça Amor, Não Faça Jogo", que nada mais é que uma antologia de seus textos, alguns já publicados em seu blog, outros inéditos. O tema da grande maioria dos textos é isso: deixe de joguinho. Ame! Alguns textos são melhores que outros, de fato, mas acho super válida a leitura (e a capa é linda)

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As Mentiras que Os Homens Contam
por Luis Fernando Verissimo


Veríssimo é um dos melhores cronistas brasileiros. Ele tem uma ironia e uma comicidade peculiar - e apesar de escrever sobre situações cotidianas, ele as narra de uma forma única. Suas crônicas são uma delícia de ler - e mesmo lendo mais de uma vez, nunca perde a graça. Recomendo e muito!

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Alice no País das Maravilhas
por Lewis Carroll


Alice é outro clássico da literatura - e mais do universo de literatura infantil que transcende o rótulo e também serve para adultos. Apesar de todo mundo conhecer a história da Alice, principalmente em virtude dos filmes que já foram feitos, poucos já pegaram o livro para ler. E acredite: vale a pena.

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A Parte Que Falta
por Shel Silverstein


Esse livro foi um grande sucesso nas redes sociais em virtude desse vídeo da JoutJout. Assim como O Pequeno Príncipe, é tido como um livro infantil, mas há algo muito maior por trás: uma crítica a forma como nos relacionamos atualmente (muito próxima da crítica que Bauman faz em seu livro Amor Líquido). As ilustrações não são muito trabalhadas, mas o livro é um amorzinho e nos faz refletir. Também é uma boa piada. (Dica: Dê em conjunto com O Pequeno Príncipe).

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Projeto novo é sempre bom, não é? Esse mês o Degradê, em parceria com outros blogs, começa o Projeto 52 Semanas. Durante o período de um ano, toda sexta feira os blogs participantes falarão de um mesmo tema, cada um com seu próprio ponto de vista. Parece divertido, não?

O primeiro tema? 5 animações que você precisa assistir. Bora ver?


1. Moana




Moana me encantou pela personagem principal. Apesar de eu não ter ido muito com a cara do semi-deus Maui, a história toda me pareceu muito bem pensada e gostei da trama se voltar nela buscando ser quem ela queria ser. Lembrou-me muito a Mulan, só que em outro cenário. A música tema dela é sensacional - e eu me senti muito representada por ela. Ela e Pocahontas são uma das poucas personagens que eu consigo me sentir representada, principalmente pela cor da pele e pelo cabelo. Disney acertou em cheio com esse filme.





2. Divertida Mente




Na minha singela opinião, Divertida Mente foi um dos melhores filmes mais infantis que já vi (o Moana ai de cima já tinha uma pegada até juvenil) pela forma como mostrou a construção da personalidade (como tudo que passamos constrói quem somos). Tanto é que uma das minhas personagens preferidas era a Tristeza (no inglês era Sadness, não sei o nome em português certinho). Eu chorei todas as vezes que assisti. É uma graça.




3. A Viagem de Chihiro




Até hoje sinto a dor no meu coração de me lembrar do final. Lembro que a primeira vez que assisti, achei o filme muito doidão, mas guardei no coração para todo sempre. Preciso assisti-lo novamente... URGENTE!




4. Mulan



Antes de Moana, Mulan e Pocahontas eram as únicas personagens da Disney com que eu conseguia me identificar. Achava Mulan sensacional - e lembro de querer ser como ela. Valente. Sem medo de ser quem ela queria ser. E a música da Christina Aguilera então... Não é a toa que essa música está entre uma das minhas citações favoritas.




5. Wall-E




Eu não tenho palavras pra descrever esse filme. Esse robozinho roubou meu coração desde a primeira cena. Wall-E é a coisa mais linda do mundo. Quero um desses pra mim.






Leia também >> Projeto 52x5 - Fevereiro



Conheça os demais participantes do projeto aqui

O Projeto Escrita Criativa surgiu em maio de 2015 reunindo blogueiras para trocar ideias de como lidar com o bloqueio criativo e melhorar seus textos. Desta iniciativa nasceu o grupo e a página Projeto Escrita Criativa, moderados por Ane Carol (do blog Profano Feminino), Ayumi Teruya (do Pandinando) e Fê Rodrigues (do Algumas Observações).

De 2015 para cá, o projeto cresceu, contando já com quase 500 participantes. Em janeiro de 2018, o projeto lançou sua primeira antologia de nome Amor & Resiliência, contando com diversos textos escritos com os temas propostos durante os três anos de projeto pelas participantes.

Bora dar uma espiada?

>> Leia também: De Braços Abertos ao Vento

Lettering e design por Luisa Lopes

Lettering e design por Luisa Lopes

Lettering e design por Luisa Lopes

Lettering e design por Luisa Lopes

Lettering e design por Luisa Lopes


A antologia está disponível na Amazon e todos os fundos arrecadados serão doados. Não deixe de conferir essas e outras frases maravilhosas que estão escondidas nas páginas desse livro adorável.

>> Leia também: Caixa de Surpresas


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Minha leitura atual é Flores Partidas, um romance policial de Karin Slaughter (Skoob).

Sinopse: Quando Lydia contou para a irmã que o cunhado havia tentado estuprá-la, Claire não acreditou. Dezoito anos depois, porém, tudo o que Claire achava saber sobre o marido se prova uma mentira. Quando vídeos escondidos no computador de Paul mostram uma face terrível do homem que ela julgava conhecer, Claire percebe que o drama de sua família tem muitas camadas, que precisarão ser descobertas antes que a assustadora verdade venha à tona.

Tenho uma queda por thrillers e romances policiais. É meu amorzinho de gênero - apesar do gênero em geral não conter tramas tão amorzinho assim. Como uma eterna apaixonada por Sherlock Holmes e amante de Poirot, se houve crime no livro, já estou interessada. Flores Partidas não foi uma exceção nesse sentido. Julgando apenas pela capa, achei que seria um drama - ainda sim, fiz-me de curiosa e li a sinopse. BUM! Aconteceu a paixão. Foi direto para minha lista de amigo secreto no último Natal e - que sorte - o livro logo chegou em minhas mãos.

A edição é muito bonita. Apesar de a minha capa ser a da menina dos olhos azuis e não a da rosa vermelha (que é minha preferida), algo nela me intrigou assim que ganhei os livros. A versão da loira na capa tem, na verdade, duas capas. Na de fora, solta, a garota olha fixamente, quase sem expressão. Na de dentro, a que realmente está impressa no livro, o rosto está na mesma posição, mas os olhos estão fechados e escorre uma lágrima de sangue de seus olhos. Como se ela sofresse por dentro e não mostrasse ao mundo.

Sensacional.

A escrita é fácil de ler e tem fluído bem. Às vezes Karin usa jogo de palavras e alguns recursos de escrita para incrementar as cenas, mas ainda sim é uma leitura bem fácil. A narração é feita sobre três pontos de vida: um homem cuja filha desapareceu; Lydia Delgado, mãe solteira e ex-viciada em cocaína; e Claire Scott, que assiste seu marido ser morto esfaqueado. Como a histórias desses três está ligada? Ainda estou descobrindo.

Como em todo bom thriller, Slaughter dá partes do quebra cabeça pouco a pouco - mesmo alguns detalhes menores, quase que sem importância para o mistério como um todo, não são dados de bandeja. Não chega a ser uma situação de desinformação - é a dosagem certa de informação por página para construir um enredo de romance policial.

Já tenho suspeitas? Sim, mas ainda estou na metade inicial do livro - e tudo ainda é vago e muita coisa ainda pode mudar. E espero que mude, pois o que eu mais gosto em livros de mistério é estar errada. Mal espero para chegar ao final e ver se minhas suspeitas estão corretas.

Quem ai já leu o livro, gostou? Quem não, gosta de thrillers, romances policiais e afins? Conta ai nos comentários.




Lettering é definido como “a arte de desenhar letras”. Através de combinação específica de letras trabalhadas, o lettering torna palavras e frases em obra de arte. Na maioria da vezes, desenhado e pintado à mão, ornamentado com ilustrações relacionadas à ideia representada pelas palavras.


Nos últimos anos, o Lettering tem crescido muito em todas as áreas - seja na hora de fazer um logotipo ou mesmo na arte de capas de livros. Além de fazer parte das artes de marketing, o Lettering também pode ser um hobby. Para aqueles que apreciam esse arte, aqui vão 15 Frases para praticar seu Lettering.

NOTA: Todas as frases aqui apresentadas são de autores desconhecidos por nós. Se souber, aviso-nos para que sejam dados os devidos créditos.



1.
Insistir, persistir, resistir. Nunca desistir.






2.

Se faltar coragem, que sobre loucura





3.

A vida não tem controle remoto. Você tem que levantar e mudar.




4.

Viver significa lutar




5.

Não tenha medo de sonhar




6.

Dias melhores estão por vir





7.

Você é do tamanho dos seus sonhos


8.
Que seus sonhos sejam maiores que seus medos





9.

Espalhe amor por onde você for




10.

Feche os olhos e pense em algo bom




11.

Durma com ideias e acorde com atitudes








12.

O para sempre é feito de agoras




13.

Sucesso é a melhor vingança






14.

Tarefa do dia: ser feliz




15.

Cada um com a sua mania


E ai, gostou?


Não deixe de compartilhar conosco suas artes.



Imagem de fundo por Paradanmellow


Assim era o Império, e sempre seria, não importava o lugar ou o povo. Todos eles eram instrumentos cegos para as mãos que os modelavam
(Steven Erikson)




Título
Jardins da Lua
O Livro Malazano dos Caídos - Livro I

Autor
Steven Erikson

Editora
Arqueiro

Links
Skoob | Amazon | Saraiva | Cultura




Desde pequeno, Ganoes Paran decidiu trocar os privilégios da nobreza malazana por uma vida a serviço do exército imperial. O que o jovem capitão não sabia, porém, era que seu destino acabaria entrelaçado aos desígnios dos deuses, e que ele seria praticamente arremessado ao centro de um dos maiores conflitos que o Império Malazano já tinha visto.
Paran é enviado a Darujhistan, a última entre as Cidades Livres de Genabackis, onde deve assumir o comando dos Queimadores de Pontes, um lendário esquadrão de elite. O local ainda resiste à ocupação malazana e é a joia cobiçada pela imperatriz Laseen, que não está disposta a estancar o derramamento de sangue enquanto não conquistá-lo.
Porém, em pouco tempo fica claro que essa não será uma campanha militar comum: na Cidade do Fogo Azul não está em jogo apenas o futuro do Império Malazano, mas estão envolvidos também deuses ancestrais, criaturas das sombras e uma magia do poder inimaginável.
Em Jardins da Lua, Steven Erikson nos apresenta um universo complexo de cenários estonteantes e ações vertiginosas que mostram por que esta é considerada uma das maiores sagas épicas. 


Esqueça tudo que você conhece sobre livros de fantasia. Jardins da Lua não é parecido com nenhum deles. É único - e sua unicidade tem pontos positivos e negativos. É tão único, que é até difícil de começar a escrever sobre ele. Demorei mais de mês para conseguir terminar, pois não é um livro de leitura fácil. É confusa - tão confusa que sequer consegui escrever um pequeno resumo da trama de modo satisfatório.


Dito isso, vamos ver o que vai sair dessa resenha - ou dessa experiência literária.




O primeiro ponto é: não deixe se enganar pela sinopse como eu me deixei. Não abra esse livro esperando para ler a história de Ganoes Paran. Jardins da Lua apresenta mais de vinte personagens e não há um personagem principal. Ganoes Paran nem sequer é o personagem da capa do livro.

Apesar de ser um livro de fantasia, para a surpresa de muitos (minha, inclusive), ele foge do clássico "Saga do Herói", presente nos mais diversos livros da literatura contemporânea. Não existe a luta entre o Bem e o Mal. Na verdade, não há ninguém que se apresente como vilão, assim como não há um mocinho.


Há, como eu disse, diversos personagens diferentes, em núcleos distintos e com objetivos próprios. São bons personagens - em sua maioria sim. Mas são muitos. Esse número grandioso de personagens é um dos motivos de Jardins da Lua ser tão confuso. As linhas narrativas de diversos desses personagens nem sequer se tocam - ouso dizer que muitas das linhas são até desnecessárias para o desenvolvimento da trama principal.


E por haver diversos desenvolvimentos de tramas separados, ocorrendo em núcleos distintos, fica uma sensação de: "Mas que raios que está acontecendo aqui?". As coisas não parecem fazer o menor sentido no começo. Os acontecimentos são muito dispersos e há pouca explicação. Coisas acontecem e ponto final.


Mas elas acontecem muito rápido e sequer há tempo para se entender os motivos por trás - ou mesmo as possíveis consequências. De certa forma, tudo é muito frenético. Há partes do livro em que há diversas trocas de ponto de vista e cada uma dessas cenas contém dois, três parágrafos. É o estilo do autor, mas para o tipo de história que ele estava contando, na minha humilde opinião, não foi a melhor escolha.


Entendam: ele não escreve mal. Aliás, escreve muito bem. Mas Erikson colocava tanta informação em apenas três parágrafos que eu não conseguia ler mais de dez páginas sem começar a sentir dor de cabeça. Juro, durante esse mais de mês, fiquei em um estado de sofrimento psicológico, porque queria entender o que estava acontecendo e não conseguia. Não conseguia avançar na leitura com fluidez.


Quando me perguntavam sobre o que era o livro, eu nem ao menos conseguia explicar. Tem uma imperatriz. Ela quer uma cidade que está fora do seu domínio, mas todos esses planos de dominação tem envolvido traições. Tem uns Deuses envolvidos, mas não sei o que eles querem. Tem umas raças diferentes, que eu também não entendo. E era isso. 


Somente fui entender o conflito cerne do livro na página 450. Ok. Então eu descobri sobre o que era. Mas me custou mais da metade do livro e toda a minha paciência. Quando terminei de ler, respirei aliviada. Tirou um peso dos meus ombros, pois não queria abandonar o livro, até porque todas as resenhas que li diziam que no começo a leitura era meio difícil, mas que depois ficava muito bom.


Estou esperando por esse depois até agora.


De fato, depois de algumas trezentas páginas, você se acostuma com o estilo. Os nomes dos personagens acabam ficando mais marcados e você consegue acompanhar os acontecimentos mais facilmente. Agora, muito bom mesmo não fica por causa das linhas narrativas "paralelas" que não agregam em nada ao desenvolvimento da trama.


Vou dar um exemplo mais claro sem muitos spoilers. Há deuses envolvidos na trama. Eles aparecem raramente, mas seu envolvimento é muito marcado pelos outros. O tempo todo o autor fala da intervenção dos deuses - e me pareceu que isso era muito importante, que faria uma grande diferente ao final do livro. Mas não fez. A maioria das intervenções passaram em branco. Poderiam nem existir.



Imagem de fundo por Paradanmellow

Por outro lado, o livro também seus pontos positivos. O autor tem muitos méritos. O universo de Jardins da Lua me convenceu. Dá para ver a preocupação com a construção do mundo. Como o próprio autor diz no prefácio, ele tinha muito material. E muito material bom. Os personagens, os lugares, as ideias das batalhas, tudo é um excelente mundo fantasioso.

Alguns personagens são muito melhores que outros, isso é verdade. Diria que são os que tem algum diferencial (Kruppe. Tenha esse nome em mente. Ao meu ver, ele é o melhor dos personagens). Mas no geral, o elenco dele é bom. 


A grande sacada deste livro, contudo, é fazer desse universo fantasioso um grande jogo político. Tem batalha, tem; tem magias mirabolantes, tem. Tem dragões, tem tudo que uma fantasia merece. Mas o gatilho de cada desenvolvimento é mais político do que mágico. A todo momento alianças são feitas e quebradas, mais do que feitiços são conjurados.


Outro ponto que gostei bastante do livro foi o fato de cada parte e cada capítulo iniciar com um poema, todos criados pelo Erikson e relacionados ao universo do livro. Confesso que não entendi metade dos poemas (apesar de ter um feeling que tem algo a ver com a trama), mas a ideia em si foi o bastante para me conquistar.




Por fim, o último dos pontos positivos é a imprevisibilidade da trama. Muitos livros de fantasia, principalmente por seguirem a Saga do Herói, tem alguns pontos previsíveis. É a luta do Bem contra o Mal - o Bem vai ter alguns dificuldades, mas vai vencer no final. Quem vai ficar com quem e todas essas outras coisas.

Por não seguir este modelo, não dá para prever o desenvolvimento da trama em Jardins da Lua. Como sou do tipo de leitora que gosta de ser surpreendida, nesse sentido, o livro me convenceu também. Apesar do meu estado de impaciência enquanto lia, muitas cenas e muitas reviravoltas me surpreenderam.



No geral, achei um livro bom. Um dos meus favoritos? Não. Ainda sim, bom.

Mas Luisa, no final de tudo isso, você recomenda Jardins da Lua? Sim, recomendo, mas leia com paciência. Leia anotando as informações se possível. Leia conjuntamente com outro livro. Repito, não é um livro fácil. Mais fácil é abandoná-lo do que persistir na leitura.

Acho que esse é o tipo de livro que demanda uma releitura. Pretendo eu mesma reler daqui algum tempo (preciso de um pouco de paz desse livro). Conhecendo a maioria dos personagens, sabendo o que vai acontecer, talvez eu aproveite mais a leitura.



E ai? Alguém ai já leu Jardins da Lua? Conta nos comentários o que achou!



TÍTULO: Peter Pan
TÍTULO ORIGINAL: Peter Pan and Wendy
AUTOR: J. M. Barrie
EDITORA: Salamandra


"Estranhas folhas de árvore no chão do quarto das crianças, um menino, vestido de folhas e de limo, que aparece subitamente... Bem que a intuição da senhora Darling lhe dizia que algo estava para acontecer. Logo, seus filhos estariam envolvidos numa incrível viagem à Terra do Nunca, onde os adultos não entram e de onde muitas crianças não voltam jamais!"




Todas as crianças crescem – menos uma. É assim que começa essa fascinante aventura tão conhecida. A trama de Peter Pan não é surpresa para ninguém. Narrado em terceiro pessoa, o livro conta a história de Wendy Darling, filha mais velha da família Darling. Como toda criança, Wendy sonha com a Terra do Nunca, um universo de contos de fadas. Certa noite, encontra-se com Peter Pan, um garoto de sua idade que jamais crescia e que morava na Terra do Nunca. Peter vinha visitar a casa Wendy com frequência para escutar sua histórias.

Wendy é uma ótima contadora de histórias e Peter é apaixonado por elas - por isso ele decide levá-la para sua terra. Como pedido pela garota, Peter leva, ainda, os irmãos desta, João e Miguel. Ele os ensina a voar e os guia para fora de casa - para um lugar encantado.

Ao chegar na Terra do Nunca, os irmãos Darling conhecem os Meninos Perdidos, meninos que caíram do que carrinho de bebê quando a babá não estava olhando e foram mandados a Terra do Nunca e os piratas, adultos malignos que viviam atrás dos meninos perdidos. Entre todos malignos piratas, um era o pior de todos: o capitão Jamie Gancho, que tem certa obsessão por Peter e fará da visita dos irmãos Darling à Terra do Nunca uma aventura.

"No meio deles, a pérola maior e mais negra dessas jóias tenebrosas, lá vem recostado o Capitão Gancho, Jamie Gancho (...) Todo mundo costuma dizer que ele é o único sujeito de quem até o diabo tem medo. (...) O capitão tem a cara morena e um ar cadavérico, com cabelo comprido penteado em cachos longos, que de longe parecem umas velas pretas – coisa que acaba dando uma expressão especialmente ameaçadora a um rosto que até poderia ser bonito. Tem os olhos azuis da cor de miosótis e um olhar triste e melancólico – a não ser quando está enfiando o gancho em alguém, porque nesse caso os olhos ficam vermelhos e se acedem horrivelmente."

Não há nenhuma surpresa no livro. Particularmente eu esperava algo mais no estilo de As Crônicas de Nárnia quanto a narrativa, mas minhas expectativas foram frustradas. Sempre fui apaixonada pelo Peter Pan, tanto pelo desenho da Disney quanto pelo filme de 2003 (com o lindo do Jeremy Sumpter), e pedi o livro no meu aniversário de 16 anos. Demorei anos para lê-lo, pois tinha medo de me decepcionar. Gostei do livro, mas realmente esperava muito mais. Foi o único livro que achei o filme melhor, pois, pasmem o filme é mais emocionante que o livro.

Durante a leitura, percebemos que, obviamente, o livro foi escrito para crianças. J. M. Barrie narra a trama como se estivesse conversando com os leitores, mas o faz de forma infantil e direta.
É esse o homem terrível que Peter Pan vai ter que enfrentar. Quem vencerá?
Mas esse não é o maior dos problemas. Diversas vezes o autor para a narração a fim de fazer divagações, que em geral tem a ver com o que está acontecendo, mas que não tem relevância alguma para a continuação da história. Esse talvez seja o motivo pelo qual o livro não foi tão bem avaliado por mim.

Ainda assim, é Peter Pan. Então, mesmo que o autor escreva como se falasse com crianças e quebre a narrativa freqüentemente, J. M. Barrie conta uma história tão fofa, tão bonita que te faz querer mais, como se você não soubesse o que vem depois. Apesar dos pesares, é uma das minhas recomendações de leituras para a vida. É sim uma boa leitura - é bem leve, então é uma boa pedida para se relaxar.


NOTA

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Luísa Scheid nasceu e cresceu em São Paulo. É advogada e tem interesse especial em Direito Penal e Criminologia. Atualmente estuda para concurso público. É editora da Revista Maçã do Amor.

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