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Minhas expectativas para esse ano são um pouco confusas. Com a formatura na faculdade, chegou o momento de virar gente grande - e isso traz tanto medo quanto responsabilidades. Minha primeira expectativa é, portanto, tomar uma decisão sobre meu futuro: onde vou trabalhar? No Brasil, no exterior? Diplomacia, Magistratura?
É uma decisão a longo prazo - até porque ambas exigem um bom tempo de preparo antes que eu consiga efetivamente alcançar meu objetivo. O primeiro passo é, contudo, decidir.

Um pouco mais próximo que isso, tem a prova da OAB. A primeira fase já passou e agora em janeiro vem a segunda fase ou para coroar todo o esforço dos últimos meses ou para me jogar de volta para o começo da trajetória. Dá um pouco ansiedade - aliás, muita ansiedade - e medo. Parece que tudo que envolve a realidade dá um pouco de medo: de falhar, de sentir como se eu tivesse perdido tempo.

Por outro lado, tenho um sentimento muito bom em relação aos meus escritos. No último ano, mais especificamente em novembro, tive um grande avanço pessoal em relação a escrita, bem como consegui deixar minha próxima obra mais encaminhada, mais próxima de ser finalizada - mais próxima de ser levada a público.

O que me leva a minha próxima expectativa: publicidade. Não estou falando de fama. Estou falando de me levar a público mesmo - trazer as minhas histórias, minhas ideias, meus pensamentos ao público de forma mais efetiva. De mostrar ao mundo minhas cores internas.

Tenho expectativas específicas relacionadas ao amor e a amizade, mas elas são complexas demais para explicar por detalhes. O que posso dizer é que espero me entregar mais - me conectar melhor às pessoas, ter relações melhores e mais saudáveis e afastar as relações tóxicas.

Tudo que é tóxico tem que sair da minha vida; essa é a chave para buscar o que espero chamar de ano feliz.

Que venha 2018 com tudo que ele me promete.





Esse texto foi escrito para o
Projeto Escrevendo Sem Medo - 2018






Minha cama acordou mais fria hoje.

Você chegou nem lembro quando - eu era tão nova que é como se você vivesse comigo desde sempre. Você era menor que um coelho, marrom feito chocolate e dormia em uma caixa de sapato. Era agitadíssima e muito curiosa. Lembro que entrava na mini-cozinha que eu tinha na época e jogava tudo para fora. Foi como encontrou seus primeiros brinquedos - a xícara que te deixava com nariz de palhaço e o balde que era maior que sua cabeça. Acho que você gostava de vermelho - os dois tinham a mesma cor. Lembro de você correndo atrás deles e escorregando. Convenhamos, você era chatinha quando decidia que queria brincar - era difícil não ceder ao seu latido ardido.


Você era ciumenta - quando alguém estava com a cabeça deitada no colo da mamãe, você logo se aproximava e delicadamente empurrava a pessoa para fora. Aliás, você sempre foi espaçosa - vivia roubando o lugar dos outros no sofá e praticamente me empurrava da minha cama. Também tomava posse do meu travesseiro. Bem capaz de você achar que era tudo seu; você achava que era gente.

Como gente que era, você tinha suas manias. Gostava de ficar no topo do sofá feito esfinge, apenas observando tudo - aliás, observando o que estávamos jantando para saber se valia a pena pedir seu parcela. Volta e meia andava por ai com seu cobertor, achando que era da realeza.

Tinha também suas exigências, como seu sono de beleza. Quando eu passava do horário, você logo começava a latir. Eu bem sei que você não parava até que eu te colocasse na minha cama. Você se enroscava no meu braço, na minha barriga; nas noites de verão era até insuportável, mas confesso que gostava de te ter por perto.

É por isso que dói tanto - saber que você não estará mais aqui; que nunca mais chegarei em casa e te verei esperando ao pé da porta; que não terei mais seus olhos enormes me observando do outro lado do quarto; que seu latido não vai me acordar no meio da madrugada; que você não vai mais arranhar minha cama, pedindo para dormir comigo.

Você estava sofrendo, eu sei, mas meu lado egoísta queria que você ficasse. Não estava e ainda não estou pronta para te deixar ir. Mas você já não estava mais aguentando, não é? Nas últimas noites, quando você não deixou ninguém dormir, era um pedido de ajuda, não era? É só isso que torna as coisas um pouco menos difíceis, saber que você já estava até se entregando... Mas não é fácil te deixar ir.

Se existe um céu, espero que esteja bem.

Descanse em paz, pulguinha.



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SOBRE

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Luísa Scheid nasceu e cresceu em São Paulo. É advogada e tem interesse especial em Direito Penal e Criminologia. Atualmente estuda para concurso público. É editora da Revista Maçã do Amor.

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