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Depois do desastre que 2018 foi para mim, com direito a muitas lágrimas, perdas e dúvidas, 2019 veio cheio de coisas boas, tão recheado de oportunidades e memórias que me modificaram e me transforaram em alguém melhor. Com a chegada do final do ano, tudo que me resta é agradecer, por tudo que esses (quase) trezentos e sessenta e cinco dias me proporcionaram. Então por que não fazer uma pequena retrospectiva?

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No começo do ano, decidi me dedicar à vida de modelo, o que me resultou em um total de 8 ensaios fotográficos feitos esse ano. Não é muito, mas só de olhar minhas primeiras fotos (em especial as fotos que tirei ano passado), já consigo ver uma melhora significativa na minha consciência corporal e minha presença.

Para comparar:
Janeiro de 2019 --- Novembro de 2019

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(Foto: Samantha Garrote)                                                                 (Foto: Victoria Rodrigues)


Dezembro de 2019
(Foto: Thiago Drummond)

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Antes de 2019, eu nunca tinha pulado Carnaval. Nos meus primeiros anos de maioridade, o Carnaval de rua ainda não era tão popular - nem tão grande - em São Paulo como é hoje em dia. Quando ele começou a crescer (salvo engano, em 2014), tive uma sequência de Carnavais viajando. 2019 foi o primeiro Carnaval em que estive no Brasil desde 2014 e apesar de não ter muito como comparar (afinal, Carnaval no exterior não é a mesma coisa), viajar para Recife foi uma experiência incrível. Tão incrível que estou planejando passar o próximo Carnaval em Recife também.



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Em junho, teve o tradicional Pub Crawl dos Desnamorados! Meus amores e eu marcamos presença mais uma vez, como já é uma tradição de quatro anos. Foi divertido? Foi muito mais que isso! Alguns outros amigos também foram agregados ao nosso grupo nesse ano, mas uma foto de nós três, o grupo inicial, não poderia faltar.

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No mês de julho, durante minhas férias do cursinho, fiz um pequeno tour pela Europa. Comecei pela Alemanha, onde fiquei duas semanas. Visitei Munique de novo, depois fui a Nuremberg e terminei minha rota da Alemanha, na minha amada Passau. Conheci pessoas maravilhosas e ainda visitei tanto duas amigas que tanto amo. 
Passau continua a mesma e me deu vontade de voltar para lá - digo, para a Alemanha. Não sei se para morar, como pretendia no ano passado, mas pelo menos passar mais uma temporada lá. Realmente colocar em prática meu plano de fazer meu LLM lá, que foi abandonado no meio do ano passado. Quem sabe daqui uns dois ou três anos?

>> Leia também: Passau
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Não apenas na viagem conheci pessoas que se tornaram importantes para mim. Desde o ano passado, eu passei a frequentar a Party of Legends e conhecia duas pessoas que em tão pouco tempo (intervalo de menos de um ano) encontraram um lugar especial dentro do meu coração.


Além de conhecer pessoas novas, também fortaleci algumas amizades antigas e não-tão-antigas. Foi difícil finalmente aprender a agradecer quando alguém deixa nossa vida, já que não podemos obrigar ninguém a ficar, mas quando entendi o quão saudável era isso, parece que mais e mais pessoas chegaram e ocuparam os espaços então vazios. 

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Por falar em viagens, em outubro, passei 10 dias na Bahia. Foi ótimo, não apenas pelo passeio em si, mas também por ter conseguido descansar um pouco dos estudos para o concurso público, que foram realmente cansativos durante esse ano. A companhia também foi ótima. Visitei um amigo meu, que conheci na Alemanha e veio para o Brasil (mais especificamente Salvador) para fazer um intercâmbio. Então, além de tudo, tive também como bônus praticar meu alemão (que parece que nunca ficará perfeito! Socorro! Já cansei de estudar).






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2019 foi o ano das artes para mim. Voltei para as aulas de dança, reapaixonei-me pelo violino, encontrei meu caminho para ficar (finalmente) satisfeita com a minha voz e, principalmente, escrevi muito! Olhando para trás e comparando a tudo que produzi, 2019 foi realmente um ano produtivo, um ano completamente fora de série!


Foto: Samantha Garrote

Foto: Renan Bonfim


Foto: Renan Bonfim




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Por falar em escrita, 2019 foi meu primeiro ano como ML do NaNoWriMo. Eu não sabia o que esperar quando me inscrevi. Tinha algumas ideias, mas não sabia como as colocaria em prática, e ainda tinha um enorme receio de que não conseguiria completar meu próprio NaNo por ter muita coisa para fazer durante o mês de novembro. Mas aceitei o desafio...




Apesar de realmente ter muito o que fazer, mesmo antes de novembro, nunca me senti tão inspirada e tão motivada. Acho que motivar os outros e levá-los a acreditar que 50.000 palavras em 30 dias é possível me deu um gás extra. Tanto que terminei meu NaNo muito antes do prazo. E eu não poderia estar mais orgulhosa de mim. Tão orgulhosa a ponto de ter chorado ao final do meu NaNoWriMo.


Foto: Samantha Garrote

>> Leia também: Diário NaNo 2019 

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Em 2018, fui para a CCXP pela primeira vez. Fui em apenas um dia (acho que foi na sexta, se não me engano), mas decidi ir de cosplay. Foi a primeira vez que fiz a Mulher Maravilha e estava muito nervosa, mas redescobri minha paixão por cosplays, que nada mais é que uma forma de atuar, mesmo não estando em um palco. Em 2019, decidi voltar para o universo cosplayer. Não foi fácil. Fiz uma lista com vários projetos, mas alguns sequer saíram do papel (Pocahontas e Jasmine), outros deram certo no começo e depois deram muito errado (Haruno Sakura e Mulher Maravilha) e outros, que surgiram do nada, deram muito certo (Nidalee e Katarina). No geral, estou feliz pelo resultado e estou ansiosa pelos próximos eventos. Quero continuar melhorando meus cosplays e participando de outros eventos.


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Em junho ganhei um companheiro novo, que mudou ainda mais a dinâmica da casa. Se o Nino parecia um demônio, o Duque se provou o próprio Satanás. E ainda por cima é baita dissimulado... mas é um amor quando quer colo. Quando eles não estão em casa - ou quando passo muito tempo longe deles -, dá uma saudade imensa. A vida fica tão vazia sem eles!





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Depois desse ano tão marcante e até revolucionário na minha vida, tudo que me resta é agradecer o que me tornei e o que ainda estou me tornando, agradecer pela minha família e pelos amigos que o destino colocou no meu caminho e pelo que a vida me reserva para o próximo ano.



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Para finalizar, uma última foto que simboliza como me sinto nesse momento


(Foto: Thiago Drummond)


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Minhas expectativas para esse ano são um pouco confusas. Com a formatura na faculdade, chegou o momento de virar gente grande - e isso traz tanto medo quanto responsabilidades. Minha primeira expectativa é, portanto, tomar uma decisão sobre meu futuro: onde vou trabalhar? No Brasil, no exterior? Diplomacia, Magistratura?
É uma decisão a longo prazo - até porque ambas exigem um bom tempo de preparo antes que eu consiga efetivamente alcançar meu objetivo. O primeiro passo é, contudo, decidir.

Um pouco mais próximo que isso, tem a prova da OAB. A primeira fase já passou e agora em janeiro vem a segunda fase ou para coroar todo o esforço dos últimos meses ou para me jogar de volta para o começo da trajetória. Dá um pouco ansiedade - aliás, muita ansiedade - e medo. Parece que tudo que envolve a realidade dá um pouco de medo: de falhar, de sentir como se eu tivesse perdido tempo.

Por outro lado, tenho um sentimento muito bom em relação aos meus escritos. No último ano, mais especificamente em novembro, tive um grande avanço pessoal em relação a escrita, bem como consegui deixar minha próxima obra mais encaminhada, mais próxima de ser finalizada - mais próxima de ser levada a público.

O que me leva a minha próxima expectativa: publicidade. Não estou falando de fama. Estou falando de me levar a público mesmo - trazer as minhas histórias, minhas ideias, meus pensamentos ao público de forma mais efetiva. De mostrar ao mundo minhas cores internas.

Tenho expectativas específicas relacionadas ao amor e a amizade, mas elas são complexas demais para explicar por detalhes. O que posso dizer é que espero me entregar mais - me conectar melhor às pessoas, ter relações melhores e mais saudáveis e afastar as relações tóxicas.

Tudo que é tóxico tem que sair da minha vida; essa é a chave para buscar o que espero chamar de ano feliz.

Que venha 2018 com tudo que ele me promete.





Esse texto foi escrito para o
Projeto Escrevendo Sem Medo - 2018





Conto: Negrinha - Monteiro Lobato



Narrado em terceira pessoa, Negrinha conta a história de uma menina negra, orfã muito nova, criada pela senhora patroa de sua mãe quando viva.
  Pequena e assustada, Negrinha se escondia pelos cantos da casa, sempre com medo do que a senhora faria com ela. Criada em meio a surras e pontapés, a menina não tinha senso do que era certo ou errado: um mesmo ato provocava algumas vezes a ira da senhora e em outra vezes fazia a rir.
  Assim ela cresceu, em meio a castigos, sem uma única palavra de carinho, tratada como escrava, mesmo sendo apenas uma criança que sentia correr por suas veias um único desejo: ser realmente uma criança, poder correr, brincar, se divertir, sem temer o que dona Inácia faria.
  Em meio a tanta tortura e sofrimento, Negrinha provou, finalmente, do gosto que a muito esperava: quando as sobrinhas de D. Inácia, pequeninas como Negrinha, passaram as férias com a tia, a orfã recebeu, por um momento, o carinho de mãe que nunca teve ao ter a permissão da patroa para brincar com os "anjos louros".
  Mesmo quando os tais "anjos louros" partiram, Negrinha continuou presa ao estado de êxtase, o qual a matou. Conforme o tempo passava a menina se afundava mais no poço da depressão. No entanto, seus últimos suspiros foram o suficiente para que a morte a levasse feliz.
Em todo o texto percebe-se o uso de Lobato da objetividade, mesmo nas descrições das personagens. Com poucas palavras, ele nos dá a personalidade de Negrinha, assim como a de D. Inácia, não chateando o leitor com longas descrições desnecessárias.
Nota-se também a constante presença da ironia, em especial quando se trata de Dona Inácia, como em "excelente senhora a patroa", por exemplo.
  No conto, os esteriótipos da época que é indicada são retratados através das personagens principais: Negrinha representa a classe escrava que vive em meio ao eterno sofrimento. Seu único entendimento da vida era servir e obedecer aos patrões, mais por medo do que por respeito, afinal, sem tais patrões, eles estariam em uma situação pior que já estavam.
  Por outro lado, D. Inácia representava os patrões; através dela o óbvio preconceito da época era apresentado. Em meio a personalidade da patroa, características como a impaciência e a parcialidade estão presentes, e são essas, principalmente, as que contribuem com o sofrimento de Negrinha.
  Um ponto importante sobre Inácia era o fato de nunca ter dado a luz. O próprio autor comenta, pelas entrelinhas, que a existência de Negrinha seria diferente se a patroa tivesse seu próprios filhos. A ausência desses filhos, no entanto, foi essencial para a contextualização do conto, pois, sendo as duas personagens a retratação do patrão e do escravo, uma possível amenização dos maus-tratos contra Negrinha estaria fora da realidade do contexto histórico.
  A originalidade do texto está no fato de ele ser escrito de forma favorável ao negro, apesar da presença de preconceito por parte de D. Inácia. Mesmo narrado em terceira pessoa, é como se a história fosse contada pelo ponto de vista da menina, mostrando o quão grande era o sofrimento dos escravos; o texto não diz, portanto, que o escravo era merecedor de tal sofrimento.
  No entanto, mesmo levando em consideração o ponto de vista do escravo, o autor ainda sim era realista. Mesmo que Negrinha não merecesse a vida a qual era imposta a ela, o que ela tinha era aquilo, e qualquer coisa diferente daquilo não seria real, o que prova as ideias citadas acima.
  De fato, essa obra está recheada com um tema polêmico e pode ser considerada não recomendável para crianças pela presença do preconceito e dos maus tratos, porém, o fato da personagem principal ser uma menina tão nova é o que traz a lição que o conto leva consigo. Se bem trabalhado, tanto o público adulto quanto o infantil, a quem o texto foi, originalmente, dirigido, poderão captar a mensagem que existe no conto sobre o tão polêmico assunto.





Minha cama acordou mais fria hoje.

Você chegou nem lembro quando - eu era tão nova que é como se você vivesse comigo desde sempre. Você era menor que um coelho, marrom feito chocolate e dormia em uma caixa de sapato. Era agitadíssima e muito curiosa. Lembro que entrava na mini-cozinha que eu tinha na época e jogava tudo para fora. Foi como encontrou seus primeiros brinquedos - a xícara que te deixava com nariz de palhaço e o balde que era maior que sua cabeça. Acho que você gostava de vermelho - os dois tinham a mesma cor. Lembro de você correndo atrás deles e escorregando. Convenhamos, você era chatinha quando decidia que queria brincar - era difícil não ceder ao seu latido ardido.


Você era ciumenta - quando alguém estava com a cabeça deitada no colo da mamãe, você logo se aproximava e delicadamente empurrava a pessoa para fora. Aliás, você sempre foi espaçosa - vivia roubando o lugar dos outros no sofá e praticamente me empurrava da minha cama. Também tomava posse do meu travesseiro. Bem capaz de você achar que era tudo seu; você achava que era gente.

Como gente que era, você tinha suas manias. Gostava de ficar no topo do sofá feito esfinge, apenas observando tudo - aliás, observando o que estávamos jantando para saber se valia a pena pedir seu parcela. Volta e meia andava por ai com seu cobertor, achando que era da realeza.

Tinha também suas exigências, como seu sono de beleza. Quando eu passava do horário, você logo começava a latir. Eu bem sei que você não parava até que eu te colocasse na minha cama. Você se enroscava no meu braço, na minha barriga; nas noites de verão era até insuportável, mas confesso que gostava de te ter por perto.

É por isso que dói tanto - saber que você não estará mais aqui; que nunca mais chegarei em casa e te verei esperando ao pé da porta; que não terei mais seus olhos enormes me observando do outro lado do quarto; que seu latido não vai me acordar no meio da madrugada; que você não vai mais arranhar minha cama, pedindo para dormir comigo.

Você estava sofrendo, eu sei, mas meu lado egoísta queria que você ficasse. Não estava e ainda não estou pronta para te deixar ir. Mas você já não estava mais aguentando, não é? Nas últimas noites, quando você não deixou ninguém dormir, era um pedido de ajuda, não era? É só isso que torna as coisas um pouco menos difíceis, saber que você já estava até se entregando... Mas não é fácil te deixar ir.

Se existe um céu, espero que esteja bem.

Descanse em paz, pulguinha.



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Luísa Scheid nasceu e cresceu em São Paulo. É advogada e tem interesse especial em Direito Penal e Criminologia. Atualmente estuda para concurso público. É editora da Revista Maçã do Amor.

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