2018 foi um ano mais conturbado do que espera que fosse. Entre fazer a prova da OAB, voltar a estudar alemão, entrar na vida de concurseira, participar de um musical e escrever meus livros, sobrou pouco para ler - e, confesso, faltou vontade.
Até comecei bem o ano, mas com o passar dos meses, com minhas metas atrasadas, fui perdendo cada vez mais a vontade de correr atrás e ler todos os livros me propus ler no começo do ano.
Da minha longa e tão milimetricamente organizada lista de leitura que contava com 56 livros no começo, li apenas 12.
A parte boa é que basicamente já tenho minha lista de leitura de 2019 pronta, com alguns adicionais. Espero que esse ano de 2019, minha leitura seja melhor.
Enfim, bora ver o resumo do que foi 2018?
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Em resumo, o livro teve alguns pontos bem baixos - devo dizer da segunda parte até a metade da quarta parte. Só já quase na parte final que o gás retomou, talvez porque eu estava determinada a terminar de ler. Parte do final é esperado (quero dizer, ele não mudou os fatos originais), mas o que leva a cena final me pegou de surpresa de certa forma.
Wicked foi um misto de decepção por um lado e surpresa por outro. Teve como ponto forte a trama, que eu achei que conhecia, por causa do musical, mas não conhecia; mas teve como ponto fraco a escrita em si. De qualquer forma, a Elphaba da primeira parte, a bebê verde, é tão encantadora, que não consigo dizer que o livro é ruim. Acho que vale a pena a leitura.
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Particularmente, eu acho que é o tipo de livro que todo mundo deveria ler - não porque ele é magnífico, mas pela mensagem que ele é traz: sobre como nossos atos podem trazer consequências inesperadas na vida dos outros, sobre como podemos machucar as pessoas sem perceber... Sobre como sobre emocionalmente responsáveis pelas pessoas com que convivemos.
De fato, gostei mais da série do que livro, pois o desenvolvimento dos personagens foi melhor. Não é demérito do livro. Como contado apenas pelo ponto de vista de um personagem e acontece tudo em uma única noite, não há muito espaço para outros personagens além do Clay.
Apesar de toda polêmica, ainda acho que é uma boa opção de leitura.
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Nota: 6/10
Imagine universo fantasioso cheio de criaturas fantásticas com direito a artefatos mágicos e uma pitada de universos paralelos. Misture isso com sede de poder e descumprimento de regras. Isso é Sr. Segunda-Feira!
O livro nem de longe foi um dos meus livros favoritos, mas não é um livro ruim. Minha leitura apenas não foi melhor pois estou muito fora do público alvo. O personagem principal tem doze anos e, no auge dos meus vinte cinco, ficou difícil de me identificar com o Artur. Contudo fiquei realmente apaixonada pelo universo. Vale a pena dar uma chance para essa série.
É difícil explicar minha visão deste livro sem dar spoiler.... Mas enfim: eu comecei o livro com uma ótima impressão. A narrativa flui bem - e como todo bom thriller te prende logo no começo. Da metade para o final, contudo, meu interesse diminuiu: em parte porque a "grande" revelação não foi tão surpreendente e todos os acontecimentos pós plot-twist não me desceram bem. Acho que vale a pena ler sim, mas se preparem para uma decepção, se forem alucinados por thrillers como eue.
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Nota: 8/10
Eu vi o filme no ano passado - e gostei bastante da trama. Acabei começando a ler o livro despretensiosamente pois já conhecia o enredo. Devo deixar claro que não sou do tipo que gosta de romances românticos em geral, mas Me Before You me conquistou. Lou é cativante e o romance entre ela e Will é emocionante. Como a grande maioria dos livros, claramente ele é melhor que o filme. Não cheguei a chorar, mas deu aquela dorzinha no final. Recomendadíssimo!
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Nota: 4/10
O livro é gostoso e de fácil leitura. Os contos fluem com rapidez e logo você está no final sem nem perceber. Não está entre os meus favoritos, pois me incomodou o fato de trocar de conto e eu sentir como se estivesse lendo a história da mesma personagem de novo e de novo e de novo. Todas as personagens pareciam-me a mesma mulher, tão somente passando por situações diferentes.
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Nota: 6/10
Confesso que comprei esse livro primeiro pela capa e depois pela premissa (adoro uma boa distopia, misturada com fantasia então! Não poderia ser ruim, poderia?) e me decepcionei. Apesar da boa ideia, acredito que a autora se perdeu um pouco ao tentar usar de tantas referências de sucesso. Colocou tantas coisas dentro de uma mesma trama que perdeu a chance de se tornar uma grande crítica social, como são as distopias em geral. O único personagem que me surpreendeu positivamente foi o príncipe Maven - o plot twist dele é realmente inesperado, mas até hoje não sei se vale a pena ler A Rainha Vermelha apenas por ele. Ainda preciso pensar um pouco mais sobre esse livro.
O Circo Mecânico é um livro completamente fora de tudo que já li antes. Não pela trama, pois quem lê sci-fi e distopia está acostumado a ver as mais diversas loucuras - o que me surpreendeu não foi o fato de parte dos personagens do Circo serem meio-robôs, mas a forma com que a trama é guiada, com mudanças de pontos de vista inesperados e pequenos segredos que se revelam pouco a pouco. Recomendíssimo pela experiência literária que é esse livro (além de ter uma capa maravilhosa).
No geral, achei um livro bom. Um dos meus favoritos? Não. Ainda sim, bom. Mas Luisa, você recomenda Jardins da Lua? Sim, recomendo, mas leia com paciência. Leia anotando as informações se possível. Leia conjuntamente com outro livro. Não é um livro fácil. Mais fácil é abandoná-lo do que persistir na leitura.
Eu sempre fui apaixonada pelo universo que Tolkien criou, mesmo antes de ler os livros, com base apenas nos filmes. É verdade que sou suspeita por ser também apaixonada por universos semelhantes de diversas outras histórias (amo de D&D e não tenho vergonha nenhuma). Dito isso, nunca soube muito bem o motivo que me fez demorar tanto para ler a trilogia do O Senhor dos Anéis.
O universo de Tolkien é maravilhoso. Ele tem um dom para descrever é inacreditável - todas as criaturas são muito palpáveis. É fácil de visualizar onde estão, quem são, como o ambiente as afeta. Mas nada é perfeito. Para o meu gosto, acho que o que Tolkien tem de incrível na criação de personagens e na ambientação, ele tem de falha no avanço de narrativa. As coisas não acontecem. Para quem conhece a história pelo filme e sabe mais ou menos onde os personagens vão chegar, parece que demora uma eternidade. E esse foi um dos motivos que me deixaram um pouco frustrada com o livro. Ainda sim, seguirei firme e forte nos outros livros da trilogia.
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Nota: 4/10
O Raphael escreve bem e a narrativa flui bem, mas não posso dar uma nota maior sobre um livro que romantiza tanto um relacionamento abusivo. A trama é um pouco inverossímil em alguns pontos - como por exemplo o fato de Téo carregar Clarice para cima e para baixo dentro de uma mala. Por menor que a jovem seja, não consegui aceitar isso como uma realidade. Tanto que passei a maior parte do livro acreditando que no final tudo teria sido apenas imaginação, mas não foi. Teria melhor se tivesse sido, pois não consegui engolir o final. Daria para passar por cima por toda a misoginia do Téo, não fosse pelo final.
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Nota: 6/10
Drácula entrou na minha lista leitura apenas porque participei de um musical baseado na obra de Bram Stoker. Demorei mais de mês para terminei, em parte porque achei que as coisas demoram a acontecer e em parte pela forma com que a trama é narrada (através de diários, notícias de jornal e cartas, entre outros). Fiquei um pouco decepcionada com o final do livro - quero dizer, a linha narrativa me pareceu um pouco simples, gostaria de ter visto mais da atuação do Drácula do que realmente é mostrado. Apesar dos pesares, como todo clássico, acho que vale a pena ler.